CONFESSO

Data 18/04/2014 02:20:03 | Tópico: Poemas

Confesso

Há uma mágoa imersa
No plácido lagoar dos teus olhos,
Mulher,
Um monstro indefinido,
Que se aperta no teu peito
Em ânsias de vómito,
Te ilude os lábios em rejeição de espumas
E te dilacera ínfimas luzes na íris
Em desmedidas fissuras.
Há uma lágrima imensa
A magoar de sal a tua pele.
Pode até ninguém ver,
Mas há um esforço em dor
No teu simples acto de sorrir.
E eu, margem de ti mesma,
Mulher,
Como posso perdoar-me
por te mentir...?
(Sim, confesso,
Sei-te,
Mulher.)



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