Filho que pegaria numa estrela e com ela escreveria no teu sorriso, se possível fosse, toda a luz que antes nunca havia avistado mas tive que morrer antes para que o sonho por todo o tempo ansiado me ressuscitasse ... e me tranformasse no querer das tuas queridas e delicadas mãos, estendidas! a mim!ó minha Páscoa!
e, o que aconteceu outrora que o pão e o vinho - o corpo e o sangue -, celebração ! me entregou nos braços de tantos judas ? traindo a memória da mais bela e divina mensagem ? não sei! ou será que sei, mas não me lembro ? porque uma multidão de falsos servidores dos templos trajados d´oiro com amuletos ao peito e livros escritos em hebraico debaixo do braço escondia nas dobras das túnicas a ignóbel adaga da hipocrisia ? e às escondidas em becos sem luz negociavam com os senhores do mundo a vida que queriam ceifada por soldados cumpridores cegos de quem com césares lhes pagava e, contudo, em quarta-feira santa, mundo em trevas, os jardins celestes de tão altos já abriam as portas ao novo tempo do qual ninguém suspeitava e que em glória - voava ! quantos tolos não escutaram as minhas parábolas para depois as orarem ferverosamente ? riram-se, em ironia,cinismo,apelidaram-me de rei da loucura deixai-os com a sua embriaguês... apontado-lhe o erro fatal na contabilidade da vida já me esperam e ainda nem sequer arrefeci! já me acreditam e ainda nem sequer me (re)viram, ó paixão!
agora que cheguei de verdade para que se cumpra o beijo podes, deves, preparar uma festa com todas as palavras, apostólicas ! abençoados os que sabem esperar ! o amor escreve-se em cruz, aleluia !
Ao Rucka, com amor
Luíz Sommerville Junior, Domingo de Páscoa, 20 Abril 2014
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Ao Luso, seu Webmaster, administradores, colaboradores e leitores apresento os meus votos duma Páscoa muito feliz.