NÃO FORJASTES OS TEUS VERSOS.

Data 20/04/2014 14:58:19 | Tópico: Sonetos


Não forjastes os teus versos sem os alentos,
Tão somente relatas com densa propriedade,
Pois tu é mulher e sente estas calamidades.
A corroerem por tuas entranhas densamente.

Quando as vezes te renova em pensamentos,
Logo perdura a outro destroço sem medidas,
Então revogando os mais desejados alentos,
Sempre reabrindo as pisaduras e as feridas.

Mais a tua face ainda assim é tão reluzente,
Sonegando a intensa dor sem expressar-te,
Hora penitente com esta cruz a massacrar-te.

Talvez aniquilada ao que parece este teu ver,
Pondera aguardo das sagradas providencias,
Vai seguindo a vida com suas reminiscências.


Miguel Jacó
Enviado por Miguel Jacó em 17/04/2014
Reeditado em 17/04/2014
Código do texto: T4771833
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