Anjo

Data 20/04/2014 21:11:14 | Tópico: Sonetos

Ah, anjo, não sabes quanta tristeza deixaste.
Como me dói viver dissimulando, sorrir fingindo.
Renegar o amor e, cético, acreditar surgindo
Do jazigo de apelos que friamente desprezaste.

Ando apático e introspectivo, nada me traz vida.
A morte, persistente, em meus olhos acompanha.
Amizades e promessas, que estúpida artimanha!
Frias são hoje, as esperanças, antes, incontidas.

Anjo, 'me faz' acreditar de novo no infinito.
Naqueles versos que nos teus beijos calaram.
Nos olhares tímidos que nossos olhos se encontraram.

O amor que silencioso, em nossas almas fez-se grito.
Lembra nossos sonhos, nossos suspiros, nossa oração.
A vida passa e vejo, impotente, morrer meu coração.

Benjamim H


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=268450