Dormindo nem me lembrava De que eu existia... Quando então; recebi uma Visita em minha janela. Tão inquietos: Para mim uma serenata Matinal uma cantoria! Quem seria?... Sabiás, juritis, cotovias...? Só sei que despertei ao ouvi-los, Uma orquestra na mais perfeita Sinfonia num ritmo perfeito, Quando um cantava o outro respondia. Eram aves felizes... Que bênção! Uma festividade infinda... Não resisti logo me levantei E me pus a contemplá-los, dançavam, Pulavam. Era uma coisa linda de ser vista. Emocionada aplaudi! A vida me convidava a sorrir... Junto à luz do dia que era rima Perfeita para a festividade De mais um dia de vida! Entretanto, os amigos logo partiram, Mas aquela cantoria ficou dentro De minha alma a sorrir, ao me unir Com o frescor da manhã e o calor do sol Que despontava. A nostalgia deu lugar A um sorriso multicor assim Como a primavera e o amor... Mas com um perfume outonal Que dava mais vida. Ao ver a luz dos olhos teu Tão azul como o céu que Ao beijar-me eu sentia Como se fosse o sabor de mel... Vi-me voando ao infinito céu Junto aos meus amigos...?
 
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