
Há quem nada possa
Data 22/04/2014 22:27:41 | Tópico: Poemas
| Um medo - natural como a sede - Cresce. Seca a garganta Da mesma maneira que querer água.
Os punhos cerram-se. (Se não roesse as unhas Com esta força, talvez, Só talvez, Sangrasse um pouco)
A dúvida persiste O medo insiste A força evapora-se E a garganta seca (Não há água que me valha.)
Lutar pelo que quero. Mas avistando já as intempéries Temer prever fraquejar - Incapaz de pular o muro Cair redondo sem conseguir alcançar.
Depois os acontecimentos recentes Fazem-se voz - Quando há agora quem não possa ter medo E tu paralisas-te Achas isso bem? Sequer?
Então lentamente puxar a âncora que prendia Com cuidado para não arrancar a pele das mãos (Há de ser precisa para agarrar tudo) E com o medo no peito respirar!
Fechar os olhos quando os olhos enganam. (Às vezes olhar traz ideias que não somos nós.) E às tantas a garganta seca mas já sabemos beber. www.umpoema-umdia.blogspot.com www.umacasanofundo.blogspot.com
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