É mole?
Data 26/04/2014 16:10:35 | Tópico: Poemas
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A mulher de Moliére está doente da imaginação. Só consegue comungar nos limites da razão.
Critico a razão pura segurando meu cantil. Bebo água da nascente da terra do pau brasil.
Kant falou que pode isso? Bulir com mulher alheia? A senhora do misantropo é mais dolorida que abelha.
Misturo o mel na água para a trupe servir. Vamos pregar uma peça no teatro de existir.
Existimos, logo somos. Existimos, lógus sonhos. Ao que será que se destina o desatino da menina?
Moliére e a mulher, magníficos amantes. São ambos boas metáforas de nós abelhas errantes.
Paz perpétua do alzheimer. Meu cantil me dá a fé. Se a trupe não tiver carro eu levo o poema a pé.
Pé de vento, voo de abelha, mel e fel num caco de telha. Meu cantil foi censurado na CPI do Senado.
Abelhas operárias, classe média imaginária, burguesia saudosista. A mulher de Moliére agora é socialista.
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