UM QUENTE E DOIS FERVENDO

Data 01/05/2014 13:04:21 | Tópico: Poemas -> Intervenção

Perguntou, desavisado

És virgem?

Disse, de ar blasé

Sou de câncer

Daí minhas fases lunáticas

E quando rio

Também choro

E se me pedires

De joelhos

Faço chover na tua horta,


Facas, canivetes

Tudo temperado

Finas iguarias

À mel e baunilha

E a minha dura poesia.

Insistiu:

És crente?

Respondi num bater

De pestanas:

Sou. Crente que sou.


Foi ali

E já volta

Pensei alto:

Vem com o teu quente

Que eu tenho dois fervendo.



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