Te escrevo na docilidade amena do vento …

Data 08/05/2014 12:20:56 | Tópico: Poemas




Na poesia, desenha-se um beijo
No vento e na água….

Na várzea do teu corpo
Desenha-se um porto
Onde se atraca as mãos açucaradas
Dos versos …

Mas…Como pode!?
O mar!?
Encolher!?

E já agora,
Quantas ondas separam nossos braços?

Quantas braçadas, teremos que dar, para nos abraçarmos?

Por agora, resta apenas encurtar a distância
Através das letras pequenas,
Entornadas neste poema …

Rezando que elas tenham resposta
Nas penas dos teus dedos
Anjo dos meus sonetos e das minhas prosas.

Mas …Se tiver que te encontrar, na estrela mais próxima da terra
Subirei à serra mais alta
Só para misturar os olhares nas telas dos rostos.

Se tiver que morar contigo longe de casa,
Recolho as cores e os temperos
Só para que a saudade fique calma, debaixo dos nossos lábios…

Se tiver que te amar longe das palavras, farei de ti um novo abecedário
Só com vogais fechadas …







Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=269867