poema tímido

Data 10/05/2014 21:03:26 | Tópico: Poemas

quando sua lembrança cai ao meu lado
eu te guardo como um verbo que se aninha em meus braços
uma chama repentina
um punhal que foge
uma palavra que recolho,
como minha e de mais ninguém.
veste a alma o puro cetim
soltos, os girassóis
pela escada, sala, cozinha, peito de estar.
brota a noite, rasga a suavidade como orvalho
lambe a saudade como a um selo.
fala alto
num tom acima do que dorme.
sinto-me imerso da pele à alma
surge um pincel nas mãos
o mundo fica então, silencioso
e torno-me vasto...



Vania Lopez


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=270077