Perdida

Data 17/01/2008 12:46:36 | Tópico: Prosas Poéticas



Vasto é o ar onde me perco , caminho diluído de lágrimas e prantos. Água salgada, lágrima do meu desencanto. Procuro o teu reflexo por entre cada gota deste líquido amargo. Procuro a tua alma neste rio de luz que me ofusca. Chamo o teu nome, com a voz da minha essência, neste silêncio avassalador que me consome.

Sei onde estás, mas temo não te encontrar lá. Sei que te escondeste, que te fechaste na tua concha protectora. O quotidiano afogou-te neste mar de medos, tormentos e pesadelos. O brilho da minha alma não foi suficiente para te iluminar e as trevas tomaram conta de ti. Mas quero que saibas, que continuo aqui, neste barco que deriva em todas as direcções, procurando encontrar-te, recuperar-te para o meu peito vazio.

Vagueio oceano fora, escutando, procurando pelo caminho que me há-de levar a ti, liberto-me de corpo pesado, e deixo a alma conduzir-me qual anjo alado ao teu encontro. com um murmúrio canto-te e deixas me entrar no teu mundo onde me abraças e sentes o calor em mim, a ternura e o afecto, o amor e a paixão que hão de deixar-te imaculada, brilhante como a luz suave da Lua que nos cobre nesta nova Noite.

Sabes que sempre te encontrarei, pois em meu peito carrego um pedaço de ti, qual farol que pulsa luz em teu redor.


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