Tantas são as Almas tomadas de Estranho Poder

Data 24/05/2014 12:59:15 | Tópico: Épicos


Domínio de cores, matizes de tantos portentos,
vejo traços vermelhos e cinzas num Céu azul,
pairando sobre campos bélicos sanguinolentos
nuvens acima, cheios vórtices, é o Vento priul.

Acre da pólvora, sangue e da terra, os cheiros,
embebida que está pela Seiva Vital derramada;
arroupadas nas rubras capas armígeros obreiros,
a face da seca areia e poeira das ravinas lavrada.

Ali nas rusgas, escaramuças, na Batalha vigorosa,
grassa Morte cingindo em tropel turba belicosa;
romaria agoniada, prestes ao golpe fatal ceder.

Mas, estranhamente, não há quem queira se afastar,
correr para longe, atender ao som de voz familiar.
“- Tantas são as Almas tomadas de Estranho Poder.”



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=270551