Ausências impessoais tal o voar irrequieto das andorinhas pelas tardes de primavera

Data 21/05/2014 05:18:47 | Tópico: Poemas

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Nomeias esquecimentos daqueles dias não distantes onde a claridade sangrava
Onde os passos se arrastavam e os corpos desejavam descansos retendo o brilho do desejo
Num Manto de água em queda.

Falas-me então do tempo marinho das Fugas
Sempre iguais

Buscas sempre constantes que me habitam e consomem

Afinal o que será o paraíso?
Onde termina este caos (o meu ou o teu)?

Ausências impessoais tal o voar irrequieto das andorinhas pelas tardes de primavera
Faz-se então tarde
As velas sopradas a norte apontam o destino dos navegantes.

I

E falo-te uma vez mais no destino
Fado que me destrói
Consome
Reconstrói

Sempre
Mais um pedaço.

Cegam os olhos os reflexos do além-mar.


(Ricardo Pocinho)


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