PARADOXO

Data 21/05/2014 17:16:11 | Tópico: Textos


Dois dedos da cólera,
dois passos da saída para completar um álibi,
enquanto desenho no meu reflexo sorrisos carnudos.
O vermelho mais vivo que eu,
espia as minhas intenções,
o decote ingênuo se aprofunda na carne procurando seu lugar.
Há um que de festa nos pelos da nuca,
exibidamente perfumada e voraz,
sempre ansiando por segredos inconfessáveis.
Paradoxalmente,
estou em par,

saio na noite quente, derretendo junto com a imagem que fazem de mim.





(fase vermelha)
04/02/14


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