
AS VERDADES DE UM INSTANTE
Data 25/05/2014 02:08:17 | Tópico: Poemas
| Naquele micro instante fui um narrador onisciente Não é só o que é belo que se vê, Vê-se um mistério, a juventude ainda quente Vê-se o pensamente vagueando, vê-se também uma armadilha Pode não ser nada, pode ser uma trilha, Dali ao infinito desse lugar que a prendeu Ela vive em algum tempo que talvez não se liberte Jogue os dados e observe inerte, Porque Ela é gente e aparição, porque Ela é outro bicho, Pode ser cruel por ser leal a sua abadia Mata e morre num cochicho, Pedirá amor e pedirá perdão, lhe dirá que não sabia, Ela é perfeita, Ela está quebrada, se refaz no mesmo claustro E você, mero Você, saberá que foi uma prisão construída por outro Tenha a pretensão de caminhar em areia movediça Ela dá o sopro da vida, mata e manda rezar a missa Ela sabe que observo, antes de antes Ela já percebeu Mas o certo é que não vai demorar em vestir um sorriso, Para aprisionar sem aviso, O narrador desavisado no mundo seu.
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