como se não houvesse mais nenhum som, senão uma farpa encharcada de silencio...
Data 27/05/2014 04:07:06 | Tópico: Poemas
| decompõe-te ao novo ensaio, enreda à tinta de sonhar-te, tal uma teia fermenta o antes, enlouquece a boca num duelo, impera-te. rasga-me às veias, em noites imensas, viciando o calendário. à imensidão de ser-me, sobre tua cintura que foge. abre um parêntese, margeia o nada, espalha então, tuas asas disseca o telefone por dias, implícito. sossegue a ilusão, ao que não basta. passeia-te pela casa, implora-te às paredes roça a emoção, inebria-te. fica-te maior, interrompe o vestido, absoluto. ri- se do que está escrito beija o beijo, encharca-te morra em minha cama, esquecendo-te... rompe a cor de não te saber, nem te evitar a sombra fere o que tem que ferir, acalmando o peito. ... como se não houvesse mais nenhum som senão, o teu.
Vania Lopez
|
|