O ESCUDEIRO... INVISÍVEL!

Data 18/01/2008 18:24:19 | Tópico: Textos -> Religiosos

Sei, sobejamente, que sou dirigido por um ser imaterial que me aconselha sem estar interligado e/ou, integrado à minha pessoa, enquanto identidade física, porém, anexado ao meu Ser espiritual, sem comandar às minhas iniciativas, apenas, me inundando de opiniões sem imposições no cumprimento delas.
Quando me coloco contra os seus pareceres mentais e, até em falas durante o meu sono, sou municiado, sequentemente, pelas induções de: “Como fazer- como proceder- como sentir etc.” o que me faz acabar por obedecer, pelo menos do que entendi da ajuda imaterial me oferecida pelo meu “Iluminado Guia”.
Ao chegar à idade da razão e da maturidade adquirida, passei a catalogar, mentalmente, essas ajudas, talvez espirituais, e achei de bom alvitre não descartá-las quando Elas vinham ao meu pensamento, primeiro, por todas elas virem de forma idônea e desnudadas de interesses materiais e/ou, prejudiciais a outrem; segundo, por entender que não se pode recusar ajudas benéficas e gratuitas em prol do nosso proceder sobrevivendo a balbúrdia moral do nosso tempo atual.
Hoje, tendo mais de 70 anos de idade proba, aprendi que, todos nós, temos um “acompanhante” pela vida a fora, desde o nosso nascimento. A dificuldade é sabermos sentir a presença etérea do nosso Escudeiro Invisível e, com Ele conviver aceitando a orientação mental vinda até nós, todavia, como toda benesse que nos envolve com ofertas e vantagens, temos que ter o tirocínio límpido e honesto para sabermos diagnosticar se o nosso Escudeiro invisível está nos dando algo de Bom ou, nos projetando em direção dos abismos da desonestidade moral com acenos de ajuda meritória e vantajosa momentânea com fulcro no nosso Aceite, pois, o Mal só sobrevive na escuridão e se desvanece com o aparecimento do Bem e da verdade insofismável.
Saber auscultar os nossos pensamentos e, Deles, retirar o supra-sumo vivificante do nosso proceder, a cada instante da nossa maratona de vida, é muito difícil e dependem de uma concentração tipo “Yoguica” dos prós e contras- Bem e Mal- Correto e Impróprio etc. Não fora a ajuda do nosso Escudeiro particular, professor dos nossos entendimentos, nos perderíamos na miscelânea de eventos antagônicos que nos chegam a mente em cada momento da nossa existência terrena, quando a nossa decisão se torna muito difícil para ser resolvida em qualquer impasse, Ele se apresenta com as suas injunções invisíveis, o que nos torna mais fácil a nossa tomada de atitude, desde que tenhamos gabarito didático ou empírico de descobrir se o nosso conselheiro é benéfico ou... Maléfico!
Com o passar dos anos na cumeeira do meu cérebro (ou coração) aprendi a descortinar os bons conselhos do meu escudeiro e... Segui-los!
Não sou espírita, todavia, os admiro, principalmente por nunca ter ouvido um espírita falar mal dos católicos ou evangélicos, o que não ocorre com o inverso.
A título de ilustração (Talvez opaca) apresento, a seguir e resumidamente, alguns casos verídicos em que tive a ajuda do meu Escudeiro:
> Ainda jovem, numa guarda de cadeia em Montes Claros-MG, “Curei” uma jovem louca apenas batendo com o sabre na grade de sua cela e lhe dizendo que estava matando o demônio, idéia essa que me foi incutida na mente, naquele momento.
> Anos depois, indo à casa da minha sogra sem avisá-la da minha chegada, me dirigi à dispensa aonde colocara um litro de cachaça e, coloquei uma dose num copo, mas, antes de tomá-la de um só fôlego, ouvi na mente, uma voz: Sua sogra está fritando frango na cozinha, vá até lá e pegue um pedaço! Obedeci e, ao me aproximar, a minha sogra me tomou o copo da mão e jogou o conteúdo no quintal de onde surgiu uma labareda de fogo, me dizendo: Era ácido que o meu filho colocou na garrafa pra extirpar calo.
> Quando era Cabo do Exército em Belo-Horizonte, numa rua daquela capital, ao lado de um colega, Ele espancou um oficial sem me dar tempo de impedir, saindo correndo e sendo preso em seguida. Fiz o mesmo, porém, me “Mandaram entrar no quintal de uma casa e pular um muro!” E, o fiz, todavia, Caí no vazio numa depressão de uns três andares e no meio de caixotes cheios de “alvarelhão” sem me ferir de forma alguma.
> Como Praça da Policia Militar e escrivão da Polícia Civil, trabalhei em várias cidades do meu Estado e... Nunca fui ferido! Apesar de sempre estar na linha de frente de combate ao crime.
> Todos os Centros Espíritas de várias cidades, que visitei, me mandaram sair sob a alegação de não haver, ali, médiuns que pudessem me conter, entretanto, conhecendo a minha vida desde quando tinha quatro anos de idade e, sempre probo de moral inatacável (desculpem a jactância) pouco me importei com tal recusa da minha presença.
> Um padres holandês, na cidade de Muriaé, me disse, antes de uma confissão, de que o “meu passado era negro!”. Após a confissão e não me dando penitência a cumprir! Exigi dele explicações sobre o que me dissera e, Ele, me mandou procurar um padre da sua igreja que era exorcista. Não procurei tal padre por saber não estar “possuído”, pelo menos nesta minha vida terrena.
> Certa feita, fui preso como ladrão de fuzil e venda da arma. Isso, no regime militar, sendo levado para belo-Horizonte, onde, o verdadeiro ladrão, sem confessar, me dizer ter vendido uma espingarda com cano de fuzil. Na continuação das diligências apuratórias com acareações etc. Recebi a ajuda do meu Escudeiro e disse ao capitão encarregado do processo que ele deveria ouvir o meu colega vendedor de espingarda e, assim Ele acabou confessando o furto e me inocentando.

Se continuar com os meus relatos, acabarei sendo prolixo, apenas, esclareço que, nem as Ciganas lêem as minhas mãos, sempre recusando e dizendo serem proibidas sem me explicar as razões de tal veto.

Posfácio: Se você leu estas minhas algaravias até aqui, procure se desligar das azáfamas do cotidiano, Deite e se relaxe mentalmente que, na certa, ao recordar detalhes do seu passado, mesmo o mais distante, notará que teve, por várias vezes, a ajuda imaterial do seu “Escudeiro particular” lhe contatando do invisível e tentando ajudar ou...Prejudicar! Dependendo da benesse lhe ofertada e aceita, ou não, por você. Só o aconselho a treinar a sua mente para a receptividade da oferta, recusando-a, de plano, se for volúvel ou desonesta! A recusa feita por você colocará tal escudeiro longe da sua percepção e sem condições de prejudicá-lo!
CORONEL FABRICIANO-MG.
(aa.) Sebastião Antônio Baracho.
conanbaracho@uol.com.br
Fone: (31) 3846-6567.


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