
Da verdade real
Data 01/06/2014 01:07:18 | Tópico: Poemas
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Apesar de tudo, nunca mais ouvi o cantor entoar como antes as canções da coroa. Obscuro e vago, passos surdos no corredor aproximavam-se suspensos saindo da garoa. Já ouvira tantas canções de ninar estranhos, nos versos subjetivos da burla ali tão venal. Não revelarei a quanto montam meus ganhos mais líricas soam palavras grafadas no plural.
Aproximando-se da plataforma mau iluminada último trem partindo, desfolha um malmequer, desenha gráficos de barras debaixo da sacada
Nunca, jamais deverá ser único objetivo do poeta, obrar, a buscar a verdade real ao custo qualquer, nem nu, percorrer areias fingindo ser anacoreta.
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