soneto dos sonhos enganosos

Data 02/06/2014 00:10:53 | Tópico: Sonetos

" Mas um já veio, se induzir-me a engano
Os raivosos, que giram, não quiseram.
Que importa? Para andar em vão me afano.
Se os meus pés transportar-me inda puderam,
De um sec’lo ao cabo, espaço de uma linha,
Já postos a caminho se moveram"

A Divina Comédia - Inferno - canto xxx





Desde que você, despreocupada tornou minha vida desarticulada,
tenho ímpetos da paixão, mais forte como da minh’alma um jorro,
sinto que tudo que em que acreditava já ruiu, sinto a fé-quebrada,
nisso tudo que era seu: as ações, pensamentos e pedindo socorro.

Talvez não desejasse assim, talvez suas, fossem palavras mortas,
para ter minha própria vida e sonhos, sempre a mirar seu rosto.
Mais de vez sucumbi ao abraço, nos seus braços emoções tortas,
sinto como se existisse um lugar ideal,tanto sentimento ali posto.

Eu sempre fui como o livro aberto, palavras fáceis prenunciavam
uma felicidade inaudita em seu seio; sempre abrigo hospitaleiro;
então, as asas rápidas ao vento do guardião invisível tremulavam.

Ora estou perdido, coma letárgico, como saído de sono profundo,
enganosos eram aqueles desejos, sonhos foram ás de trapaceiro,
servo de destino indigno, sempre serei escravo, alheio ao mundo.





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Desde que você, despreocupada tornou minha vida desarticulada,
tenho ímpetos da paixão, mais forte como da minh’alma um jorro,
sinto que tudo que em que acreditava já ruiu, sinto a fé-quebrada,
nisso tudo que era seu: as ações, pensamentos e pedindo socorro.

Talvez não desejasse assim, talvez suas, fossem palavras mortas,
para ter minha própria vida e sonhos, sempre a mirar seu rosto.
Mais de vez sucumbi ao abraço, nos seus braços emoções tortas,
sinto como se existisse um lugar ideal,tanto sentimento ali posto.

Eu sempre fui como o livro aberto, palavras fáceis prenunciavam
uma felicidade inaudita em seu seio; sempre abrigo hospitaleiro;
então, as asas rápidas ao vento do guardião invisível tremulavam.

Ora estou perdido, coma letárgico, como saído de sono profundo,
enganosos eram aqueles desejos, sonhos foram ás de trapaceiro,
servo de destino indigno, sempre serei escravo, alheio ao mundo.




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Desde que você, despreocupada tornou minha vida desarticulada,
tenho ímpetos da paixão, mais forte como da minh’alma um jorro,
sinto que tudo que em que acreditava já ruiu, sinto a fé-quebrada,
nisso tudo que era seu: as ações, pensamentos e pedindo socorro.

Talvez não desejasse assim, talvez suas, fossem palavras mortas,
para ter minha própria vida e sonhos, sempre a mirar seu rosto.
Mais de vez sucumbi ao abraço, nos seus braços emoções tortas,
sinto como se existisse um lugar ideal,tanto sentimento ali posto.

Eu sempre fui como o livro aberto, palavras fáceis prenunciavam
uma felicidade inaudita em seu seio; sempre abrigo hospitaleiro;
então, as asas rápidas ao vento do guardião invisível tremulavam.

Ora estou perdido, coma letárgico, como saído de sono profundo,
enganosos eram aqueles desejos, sonhos foram ás de trapaceiro,
servo de destino indigno, sempre serei escravo, alheio ao mundo.




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