As bicicletas de Beleléu
Data 03/06/2014 04:22:01 | Tópico: Poemas
| .
Que ser sagrado sou eu? Qual foi o sonho que não se deu? Qual a ferida que sangrou e não doeu?
Olhos abertos no fundo do abismo. O fundo é como todo mundo cego.
O mundo não tem olhos para ver o fundo de mim.
O mundo sabe o ser sagrado que sou e o vice não versa.
Esses versos não são qualquer conversa.
Eu exijo do universo o inverso em verso.
Esses versos são de dentro de mim mas ainda não é o fim.
Agora, no mundo de fora, jesus me olha, pintado, pendurado na janela do ateliê de um artista anônimo.
A lua, como não pudera faltar nas noites delirantes dentro e fora de mim, abre um largo sorriso, nova. Acha graça do poeta de bicicleta.
.
|
|