Bravo Guerreiro
Data 03/06/2014 15:14:47 | Tópico: Poemas -> Sociais
| Bravo Guerreiro
Seu moço, me acuda! Preciso de ajuda, Estou preso aqui. Vinha eu pela trilha, Não vi a armadilha E nela eu caí.
Se aveche seu moço, Que estou pele e osso; Que assim vou morrer. Nem sei quantos dias, E noites tão frias, Que estou sem comer.
Há dias que choro, Que grito que imploro, Que rouco já estou. Depressa seu moço! Tira-me deste fosso Pois minha força acabou.
Sou estranho confesso, Mas um favor eu te peço: Socorra-me urgente: Eu sou de outras terras, Outros montes, outras serras, Mas não sou bicho, sou gente.
Que ama, que chora, Que grita, que implora; Que também sente dor. Portanto, me acuda, Dá-me tua ajuda, Fazes a mim um favor E tira-me agora. Que a ti, serei grato, E falarei deste fato, Quando for-me embora.
E, por onde eu andar, De ti vou falar Com orgulho e emoção. Que minha vida salvaste, Quando dum poço me tiraste, Como se eu fosse teu irmão.
Tu, és bravo, és forte, Pois livraste-me da morte, Que não tardava a chegar. Por isto, eu te digo, Que serei teu amigo, E sempre vou te exaltar.
E quem sabe algum dia, Eu tenha a alegria De te reencontrar. Quero apertar tua mão, E um beijo de irmão Em tua fronte, vou dar!...
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