
FECHEMOS OS OLHOS ENTÃO
Data 05/06/2014 01:22:11 | Tópico: Poemas
| O corpo nada em sons: palavras dilatam, expandem o mel, aguçam o fio que corta os minutos das horas.
Unhas arranham a parede corrompida, suja de vida, suja de acontecimentos e ela goza devagar com vontade de ser ela mesma, de ser uma rocha, de ser um mar dividido por rios, risos, isso.
I beg your pardon é só olhar a castidade daqueles olhos, daquela boca impura daquela cena sem culpa. O mundo arrebenta.
Ele contempla vastidões e é abissal porque ela desperta tudo que é vintage naquela pele ultrajada. Fechemos os olhos então pois a tarde deitada, arreganha as pernas sem nenhuma delicadeza ou poesia.
Que assim seja!
Karla Bardanza
Copyright © 2014 Karla Bardanza
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