uma nesga de tempo
Data 05/06/2014 21:00:37 | Tópico: Poemas
| À porta do desejo, mesmo na entrada colérica da tua vontade, dá-me a brisa que me prometeste, vento norte de uma vontade sem fim, brisa amena de rosas em botões desapertados, sem cores em bolandas sonhadas. Não sei do tempo em que dedilho o decote, sei da brisa do teu sopro em meu ouvido, do tempo, em que o tempo traduzido por meteorologistas, ruim, feio e batido por nuvens negras nas vidraças da janela, é tempo de brisa amena dedilhada pelo roçagar de rendas e tule espalhado pela desarrumação dos sentidos, sem tempo para esperar, só o tempo de o sorver em brisa inspirada e tantas vezes suspirada.
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