O trem que escrevo

Data 08/06/2014 15:22:56 | Tópico: Poemas

Segue nas linhas os sonhos perdidos,
paixões e desejos nas letras grafadas,
pela ânsia que queima igual ao carvão
que alimentando o vapor da imaginação
impulsiona a mão a seguir a jornada.
Trilhos de um destino certo:
outro poema sem rumo!
Certo!?
De que não leva à nada!

E sem horário e itinerário,
segue nas linhas os sonhos perdidos,
por entre as virgulas de novas estações,
de emoções transbordando os vagões,
a liberdade é qual o apito:
nos cruzamentos dessas linhas,
não pede licença,
só avisa!
E abre o mundo no grito!

Segue nas linhas meus sonhos perdidos,
onde venço o medo e ganho a estrada,
por caminhos que não percorri
e paisagens que os olhos não viram.
A vida que só vivo aqui!
E eu...
como o piso surrado do velha estação
vou traçando meus poemas:
sentindo a vida passar ,
marcado por idas e voltas
sem nunca sair do lugar.



(... e quase que no barulho de um trem
a consciência acusa o meu erro:
"Melhor parar de escrever tanto
e tentar viver um pouco.
Não que escreva, assim,
tão tanto;
mas é tanto
por viver, assim...
tão pouco.")



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