As mãos do medo

Data 21/06/2014 01:21:49 | Tópico: Poemas

o medo pavoneava-se nas ruas da cidade
sua mãos negras abriam-se a cada olhar

ah,mas afinal qual a cor do medo ?
é negro com certeza

monopolizava as lágrimas
até os sorrisos eram “serrados”
por esses instrumentos cortantes
quais unhas,lâminas dorsais

bastava um olhar
mesmo que de relance

dispersem os olhares !
aconselhava a coragem

mas,olhos desiludidos
de tanto procurar
e nada de bom encontrar
olhavam aquela escuridão encefálica
libertando da retina imagens
que tanto ansiavam apagar !

ah,pois,não olheis a escuridão !
não penseis no medo !
abri caminhos coerentes
não vos deixeis apanhar na rede
que felicidades consumiu
restando apenas cinzas.

olhai o sol !
olhai o sol !
novos caminhos abrir-se-ão !
sem medo.

ana silvestre



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