PATRANHAS

Data 21/01/2008 19:49:43 | Tópico: Sonetos

Carinho meu partiu, sem que sentiste
Por claros céus, meus medos dissolveste,
Patranhas do teu fel, amor viveste,
Um ronco de mistério sempre viste.

Nos meus louvados véus, onde tingiste,
A tua hábil mão vadia - carente,
Passada no meu corpo docemente,
Que como o orvalho puro atingiste.

O meu olhar, que o passado esqueceste
E choras tua dor nua, que fincou
Colada no meu lábio, recebeste;

As dores deste sonho que findou,
Que já se enlouquece e feneceste
O brilho do teu mundo que me amou.




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