OLHO o ESPELHO e NÃO ENTENDO

Data 21/01/2008 21:02:56 | Tópico: Poemas -> Surrealistas

Mas já não sei o quanto do vivo mantenho,
sei apenas que olho o espelho
e não entendo,
estou despido liberando insetos pelos poros fétidos
acossado pelo sexo que dispara cânticos religiosos
enquanto o jumento gargalha dos meu sonhos de fortuna e sucesso,
e as larvas da anedota se aproximam, cegas e portando o relógio
da decadência cravado na testa...

Como testamento, deixo deboche e batidas na madeira,
amanhã, quando o mundo acabar, estarei sentado na praça,
óculos escuros, dividindo pipoca com os pombos...


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