AUSÊNCIA

Data 04/07/2014 12:49:12 | Tópico: Poemas -> Saudade



Cessou de correr o rio,
fez-se silêncio nas águas
antes tão barulhentas.
Calaram-se pardais,
as andorinhas
não fizeram revoadas
ao entardecer.

Caiu a noite devagar....

No céu,
depois do anoitecer
não brilhou o luar,
nem surgiram estrelas....

O entardecer foi triste,
sem gorjeio de pardais,
sem pôr do sol,
nem a "ave-maria".

Depois do crepúsculo,
depois da noite triste
esperei surgir o sol,
esperei o raiar do dia
para pode sentir ao menos
um pouco do alegria
e o calor que o astro rei
traria para mim.

Mas o amanhecer
também foi triste,
nasceu um dia nublado,
o calor sequer atravessou
as densas nuvens cinzentas.

Será que doravante
tudo será sempre tão triste?
Será que no peito,
na minha alma, para sempre,
só vão existir
o sofrer e a amargura
gerados da sua ausência?






Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=273897