
POR DO SOL AO SOM DE RAVEL
Data 22/01/2008 12:31:58 | Tópico: Poemas
| <br />Mercêdes Pordeus Recife/PE Aproximam-se as cinco horas daquela tarde Palco preparado, todos à espera do momento O violinista,o saxofonista pareciam cronometrar O momento exato do Bolero de Ravel executar. Nesse contexto, uma grande expectativa Todos à espera que ao início do toque O grande Rei Sol, fosse paulatinamente Deitando-se, até descansar quase indolente. Ali estavam pessoas de diversas localidades Que visitando João Pessoa, na oportunidade Jamais poderiam perder tão belo espetáculo De beleza singular... os olhares direcionados. Pessoas cujos olhares traziam a alegria Para outras trazia à mente melancolia, Talvez por lembrar de alguém que partia A saudade se aproximava e o peito sofria. Alegrias, expectativas e até pressentimentos Eram tantos os sentimentos naquele momento. Porém, independente deles, a beleza prevalecia Da bela estrela que nos dera a luz durante o dia. Pensamentos absortos, outros porém atentos Todos ali permaneciam com mesmo intento Enquanto isso percebiam as águas do belo rio Vez em quando beijar o cais já quase sombrio. De repente ressoam em sintonia, os sons se espalhando Começava a entoar o saxofonista num pequeno barco O violinista por entre aqueles que olhavam atônitos O lindo e tão esperado por do sol, ao som de Ravel. Como em sintonia começaram, assim terminaram E concomitantemente os raios do rei descansaram Esperando a próxima alvorada para o renascer E mais um dia recomeçar e assim resplandecer. Depois o violino emanou o som da “Ave Maria” E assim terminou aquele dia, mais um dia Na Praia do Jacaré, cuja beleza sempre trazia Diariamente, em João Pessoa, aquela primazia. 10/08/2004
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