ARDOROSAMENTE AMOR

Data 23/01/2008 12:57:10 | Tópico: Sonetos


Quando vejo a chuva caindo descompassada...
E teu corpo a jorrar em mim ternura;
Meu olhar é como a doce seda pura.
Tendo em teu toque, a maciez cortejada...

E meu riso, se multiplica em matizes!
Tão nitidamente alvas, como o brilho do prazer.
O teu mundo é o vagar, que quer me ver;
Fincada ao teu peito, como raízes...

Loucas, avessas aos ditames do mundo;
Tu vês em mim, ardorosamente tudo!
Que desejaste dessa longa e dura vida...

O teu ar, teu instinto, e quem sabe a ferida,
Que abriste aí dentro ao me conhecer...
Numa espécie de destino, que queres ter.




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