
[morrer-me-ia sempre mais uma de outras vezes...]
Data 14/07/2014 18:39:44 | Tópico: Poemas
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morrer-me-ia sempre mais uma de outras vezes se me faltassem a paixão da chegada pelo amanhecer os lugares ao sol dos quatro cantos cardeais pelas mansas correntes marítimas quiçá o esquecimento.
Regressam-me os abrigos que nos alagam as rochas alisadas escondidas ou o mito das rosas bravas às margens longínquas de um arco-íris que nos resiste mesmo amparado no silêncio da longitude
enfim.
Pelo teu olhar a mar vendo maresias já aqui diz-me do repouso nas nuvens mais afastadas faz-me acreditar na cor dos lírios plantados num telhado em um país distante
desabrigos que não consigo dominar.
Afinal os barcos regressam sempre à baía mais perto para apodrecer afogando anjos a estibordo a um dia da eternidade
como gota de água pela imensidão.
I Silencia-me a beleza
da emoção imortal
em ti.
(Ricardo Pocinho)
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