
Hino
Data 14/07/2014 21:00:49 | Tópico: Poemas
| Tenho a boca amarga como o fel. Se eu pudesse, matava todo o Israel E irromperia os portões de Ishtar Coberto de glórias como o rei Senaqueribe. Meu coração é um imenso mar Repleto de fúria, retóricas e diatribes.
Minha cáfila segue até Damasco Em busca dos amigos Iosef e Arafat. Há muito o que fazer, lutas e combates, Enfrentar o cacto, o cardo e o carrasco, Expulsar daqui esses cruzados A profanar mesquitas, reinos e sultanatos.
Cheguei a tempo, cheguei primeiro, Sou do antigo Povo do mar, Velho marinheiro, tenaz guerreiro, A Arábia é o meu lar, Golã, Sinai, Sidon, Gaza, tudo meu! Sou pai de otomanos e filisteus.
Guerreio desde 1967, Por pouco não dei cabo De Ramsés e Josué. Ninguém jamais me abalará a fé. Vencerei os cristãos e seus diabos, Jerusalém não é de Iavé!!!
Ó quão bela és tu, Minha terra tão querida, Faixa de Gaza, toda a Palestina. Eu te canto mesmo derrotado e nu, Pois sei que Omar ibn al-Khattab Um dia retornará para nos restituir a Medina.
Já estive perdido, longe de Ascalom, Sem poder contemplar o Hebrom. Não sigo a nenhum grupo mais, OLP, Fatah ou Hamas. Tenho o espírito dos Macabeus, Sou do Éden de fenícios e arameus.
Esta terra nunca esteve vazia, E ela jamais será tua. Vê o quarto crescente, a lua! Ela anuncia o dia Em que retomarei o Iêmen e Bagdá, Em que me tornarei faraó e aiatolá.
A força do Eufrates e do Tigre Inunda o meu coração Que deseja apenas ser livre. Nenhum rei, Tumtósis ou Salomão, Irá tomar-me, por tratado ou guerra, De novo a minha terra.
Entoarei o hino de Gibran, Às margens do lago Ram. Dormirei sob os cedros do Líbano, Sentindo o olor do sândalo e do olíbano, Enquanto contemplo a Jóia do Oriente, o Negev Engolindo ocidentes e almocreves.
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