BORDAR É CRAVAR RELEVO

Data 20/07/2014 12:59:45 | Tópico: Trovas


O trovar é espontâneo,
Não requer a profissão,
Cada um do seu tamanho,
No coser desta missão.

A trova requer verdade,
Isto você tem de sobra,
Não fastas capacidade,
O não querer te esnoba.

Tens a magia poética,
Disto eu salientei-te,
Mas se continuas cética,
Isto gera um aperreio!.

No dia do trovador,
Deixo meu parecer,
Só escrevo por amor,
Mas exceção é você.

A minha trova é perdida,
As leituras são minguadas,
As escrevo só por guarida,
Para as deixar registradas.

A trova faz redundância,
Em seu dia comemorativo,
Os versos tem relevância,
E o poeta o compromisso.

Tua trova é verídica,
Vejo nela o teu valor,
É a poesia explicita,
O versar dum trovador!.

A saudade é uma flor,
Perfuma ou vela defunto,
Referendando ao amor,
Nos harmoniza o conjunto.

O arrocho que judia,
Tem nome foi batizado,
É fonte das agonias,
E chamamos de saudade.

O meu querer é vidente,
Diz que você vai voltar,
Teu coração é inocente,
Quer a outro amor lograr!.

Bordar é cravar relevo,
Precisa fazer ranhuras,
Provoca o desassossego,
Reacende as amarguras.




Enviado por Miguel Jacó em 20/07/2014
Código do texto: T4889031
Classificação de conteúdo: seguro

Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.





Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=274983