AJUSTE DE CONTAS
Data 23/01/2008 20:13:29 | Tópico: Poemas -> Sociais
| AJUSTE DE CONTAS Paulo Gondim 24/11/2006
Da janela superior Vejo natureza morta Apática, fria, exposta Em pessoas não menos apáticas Que revivem velhos filmes do passado
E se movem entre promessas vãs De falsas ideologias De credos difusos, confusos Na mística de suas liturgias
E se repetem na mesmice A cada dia que começa Sem fins determinados Não percebem, mas são enganados Por falsos rabinos, suspeitos Mas, facilmente, idolatrados
Essa é a grande massa de manobra Devedores da consciência universal Em tudo crêem, e nada fazem E se afundam mais nesse lamaçal De injustiças, de cobiças, de consumo
Todos esses devem alguma coisa Não há desconto de pecado Pagarão o preço justo e dobrado Pela insensatez, pela mesquinhez Na justa medida em que serão julgados Pela vida, que não perdoa conta Aí, não haverá remédio Todos, um a um, serão cobrados
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