
INFIÉIS
Data 23/01/2008 21:49:35 | Tópico: Poemas -> Sociais
| Este é o mundo dos mitos que os humanos decifram na esperança de satisfazer a morte na casa do vizinho
Carros relincham violências nas estradas ensangüentadas de aves e caminhões elefantes encaracolados riem do mundo complicado que flautistas sem piedade traduzem na aurora do medo quando estradas são escurecidas para o amor dos assassinos eternizar a maldição e o deboche
As raízes distorcidas das árvores inauguram o terror na floresta mas apenas palhaços tiram a máscara com freqüencia o que fazer quando reis não estão à altura das bandeiras? Como distinguir a vida da farsa se mágicos pintam números nas paredes com o sangue dos loucos e dos desclassificados?
O caramujo não ama loucamente Ou ama na loucura da monotonia Na estrada, ao pôr-do-sol, enxergo a oração Fique comigo, os perigos dissolvem frente ao milagre Sabe? Golfinhos, flores e bebês juntam-se a nós nos escorregadores que tornam inesquecíveis os dias, minha bela, teremos paciência de alcançar o prazer nos jogos que perpetuam a natureza? ou nossos carros avançam sinais só de madrugada p'ra que a rebeldia não incomode jamais aos que fazem dela roupa e propaganda de cigarro?
Caminhões entram de marcha-ré na cidade sagrada aonde a fé o o lixo escondem crimes mas as flores, o sexo e o progresso andam juntos, creia, enganos fazem parte dos diamantes nesta época em que o vazio transporta o sagrado
Oh pátria fossilizada nos delírios dos infiéis quando saberemos na verdade quem és?
|
|