Deserta Rua

Data 28/09/2014 17:06:45 | Tópico: Sonetos

Deserta rua, perde-se na penumbra.
Perde-se num soluço abafado e frio.
No romantismo de um coração vazio.
Perde-se e, no peito, amor reslumbra.

Sem saída e silenciosa. Como a saudade.
Amor lhe é brisa, silhueta de sensação.
Faz-se puro, no frio. Vazio, na solidão.
Numa rua sombria, decadente por vaidade.

Nostálgica, delineada por antiquários
De esperanças insólitas com valor inaparente,
Que transcende ao ermo condescendente.

E em senciência de delírios arbitrários,
Pasma que no contraste de sua desolação,
Essa rua tão deserta ainda guarda uma paixão.


Benjamim H.


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=275401