
O CRENTE PUTRIFICADO
Data 24/01/2008 15:08:51 | Tópico: Poemas -> Góticos
| Aí a Máfia me achou, um cadáver esverdeado, cabelos confundidos com o lodo, a única coisa que me faz viver é a esperança da morte, eu dizia. Sou dos mortos o que jamais viveu o que teimou ao sofrer o aborto que viver é uma vingança e vivendo sentiria a morte vazar nos poros. E então resolví que seria assustador e que o meu vocabulário um diário de grosserias e insultos e o meu batismo o afogamento quando resistir se tornasse impossível e o impossível foi sempre o meu ponto final só qu'eu nunca cheguei.
Sou o que decidiu que se o amor não é p'ra mim serei então meu próprio amante e se o premio pela devassidão é o desprezo que seja este minha aura. Não posso censurar aos que me chocam pois eu mesmo tenho me tornado pavoroso. E tenho como preferências as humilhações e o sofrimento dos sexo pago com a alma.
Às suas costas eu ficarei sempre na frustração do olhar e os teus passos ecoam dentro de mim com uma eternidade de pés num beco molhado. Sinto que a claridade me é proibida é um veneno que revela minhas feridas, a mim foi decretada a escuridão p'ra que os sentidos explodam, deles surgirão auroras alucinadas quando você surgir, auroras tornadas sepulturas celestiais quando você sumir levando os sóis.
Sei que o mundo é uma sombra costurada entre carniças e a incapacidade não é apenas um delírio apagado-Meu a distância é um monumento ao impossível o céu me deprime
Eu sou o imundo que atazana a população, nas ruas a sujeira é meu disfarce jamais ajudei alguém mas exijo ajuda de todos. Irmão! Irmão! Irmão! Irmão! a religião é um suicídio e o morto vaza o veneno pelo sexo como uma menstruação andrógina liberando sentimentos. Ô! égua de ouro das ancas de fogo não acredite no que diz a religião ela é a traição dos desgraçados, falsa mão estendida aos que estão se afogando quando os salva-vidas dançam loucamente sobre a praia cheia de covas carnavalescas como o julgamento dos fracos
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