O CADÁVER DEITADO

Data 24/01/2008 15:11:40 | Tópico: Poemas -> Góticos

As laranjas crescem nos fios dos meus cabelos
e trazem o sangue que eu perdi em vez de caldo
Minha voz não saiu, foi como o cadáver
deitado sobre o? o som
adormecido na garganta. Estou no levador
infernal que desce através dos céus espinhosos.
A profundeza que anda me leva por cidades
cujos habitantes enlouqueceram, e de tanto
matar acabaram vendo asassinos mergulhando
nos buracos da lua.

Dos meus poros saem mãos
que acenam sempre que fujo.
A preguiça me leva a afastar
os esforços pois estou aonde apenas
o desespero faz trabalhar. Aqui faço
planos, uma forma de enganar a quem
me vê assim maltrapilho. Não cometerei
atos dignos e fugirei das velhas que
esperam alguém para atravessar a rua.

As ondas do mar são meus cabelos
mas o elevador é infernal, não é?
ou será orgia o vampirismo terrorista
que me prostitui na fome porque a fome
adocica o sexo? Então subirei
ao céu nervoso com o sexo arrancado
sangrando na mão





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