
Ao Silêncio da Praça
Data 02/08/2014 08:49:25 | Tópico: Poemas
| Évora, manhã cedo, a cidade dorme ainda num dolente amanhecer! E eu, sem medo nem esperança de te ver, avanço pela Praça, pronto a me perder...
Que a Praça como cama da cidade, tem no aconchego, sem tempo nem idade, dobras rendilhadas de solidão! Como Eu! No meu pobre e triste Coração que te perdeu!
À noite, todas as promessas acontecem noutro leito, noutra cama, noutro corpo. Mas o dia sempre chega rompendo a ilusão... E afinal alguém se ama?! Alguém se dá ao Coração?!
Só Évora aconchega o meu triste desalento, também ele sem idade, sem Vida e sem Tempo. Sossego o Coração e adormeço enfim na eterna solidão da graça e da desgraça que as dobras rendilhadas da cidade, nos dá, amargurada, no silêncio doloroso desta Praça!
Ricardo Louro Na Praça do Geraldo em Évora
Num dia em que a realidade da separação entre os nossos corpos aconteceu.
|
|