barroco

Data 08/08/2014 01:51:30 | Tópico: Poemas

Aspiro a noite, extraviada por uma janela
A gentileza de uma árvore que estremece

É barroco,
A lembrança de uma cerveja e uma casa
No deserto das lágrimas raras.
É preciso trocar inocências com elas
Aflorar das mãos a ternura

É preciso emprestar ao que se esvai o ombro
ou pedi-lo.
E quando a palavra se afastar
Conduzir a mão até o lápis confessar

Semear sem saber se é deserto, noite,
gesto ou palavra.
Escrever para abafar a voz do peito
Escrever para não perdê-la.


Vania Lopez


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