Mar de Sines

Data 08/08/2014 13:26:37 | Tópico: Sonetos


Ternamente vem, docemente …
Mar oculto, num sonho que esvoaça,
bem se vê, mais se pressente,
mar-de-magoas qu’inebria quando passa!

Vem, desconhecido, entre a gente,
deixando a esperança fria que nos enlaça,
intenso, prende a Alma, eternamente,
ao mistério da saudade e da desgraça!

Na sua voz um cântico de prece,
que, em Sines, paira e resplandece,
no infinito Sol do seu caminho …

São lágrimas sentidas, quentes d’amargura,
derramadas por mulheres, tristes viúvas,
que sepultam seus esposos com carinho …



Ricardo Louro
Em Sines



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