
Quando
Data 11/08/2014 01:19:38 | Tópico: Poemas
| Quando derribadas as utopias, Açaimadas nas veredas da paixão; Quando desbotadas e murchas as pétalas Do irrigado e florido plantio da ilusão; Quando as ausências povoadas de saudades Empalidecem o horizonte da razão; Quando dita o dia o despertar da luz E teimosa segue a vida rendida á escuridão; Quando os pesados grilhões da verdade Aprisionam as asas da imaginação; Quando acinzentada bruma das pagas Apagam as cores da inspiração; Quando a noite desperta o alarido Nos surdos gritos subidos do coração: Descalças de futuro e de presente, investidas de seu domínio rígido, Repetem-se agora as horas em vão Consagrando-nos por oferendas As débeis essências do passado, As ausências travestidas de lembranças, As somas dos silêncios do presente, O amanhã de repleto vazio, A solidão.
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