
ANTÍGONA
Data 13/08/2014 20:18:45 | Tópico: Poemas
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Nas portas de Tebas cairam Os dois irmãos em uma luta fraticida Pelo trono tebano lutavam E por ele perderam a vida.
Eteócles não cumpriu seu trato De após um ano dar o trono ao irmão Polinice se refugiou em Argos E a Tebas veio lutar com razão.
Cumprindo a maldição de seu pai Os dois morreram ao fio da espada O sangue jorrou no portão de Tebas E dessa vida nem um levou nada.
Creonte, o tio dos dois, assumiu o trono E a Eteócles enterrou com honra Promulgando um edital contra Polinice Que o lançava nas profundezas em desonra.
Desafiando ao edito do rei Em uma prova de amor fraternal Antígona, irmã de Polinice, resolveu sepultá-lo Mesmo sabendo das consequências do edito real.
Avisado pelo adivinho Tirésias De que estava errado em seu julgamento Creonte condenou Antígona Sem ligar para o seu sofrimento.
Condenada a ser emparedada Para aos poucos morrer Antígona resolveu suicidar-se Para que não pudesse sofrer.
Ao ver a amada morta Hêmon, filho do rei Creonte Também suicida-se de forma cruel Preferindo não mais ver o horizonte.
Mas, como uma trágedia é pouco A mulher de Creonte, mãe de Hêmon, Euridice Em desespero fatal tira sua própria vida Não dando ouvido a crendice.
No auge de sua arrogância Creonte rompe a barreira do Direito Natural Enfrenta, então, a revolta dos deuses E sofre uma consequência infernal.
Não cabe a nós julgá-lo pelo seu destino Do julgamento final de sua decisão E sim tirar lições dessa tragédia Para o futuro de nossa imaginação.
Poema: Odair
Odair José
http://odairpoetacacerense.blogspot.com
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