VAMOS SEGUINDO COMO OS POMBOS EM REVOADAS.

Data 21/08/2014 12:27:51 | Tópico: Poemas



Tudo o que habitas em mim, mas tu não gostas, compreendas que também me sinto aflito, eu não busco em teu pavor meras respostas, mas que a vida é truculenta eu não duvido, pelo teu cheiro eu me converto em presa fácil, mais saciado o meu veneno se revigora, e então te ofendo mesmo sem marcarmos à hora, pois com estas forças imediatamente me apequeno, está em mim certas correntes abstratas, inalcançáveis as correções desta matéria, melhor seria se eu fosse reciclado, voltando ao cosmos e renascendo a revelia, provavelmente um desencontro ocorreria, e nunca mais tivéssemos chances de estarmos juntos, mas ao menos os sofrimentos mais prementes, adormeceriam ficando apenas em nossas mentes,
são contra ditos do amor o intenso ódio, inevitável para quem dar-se por inteiro,é como fossemos um miolo de caneta,
que para escrever a de borrar-se num tinteiro,
Vamos seguindo como os bombos em revoadas, e nos encontrando em frondosas árvores de repouso, e em certos dias entre uma tempestade e outra, nós nos fartamos nestes agradáveis gozos.


Enviado por Miguel Jacó em 21/08/2014
Reeditado em 21/08/2014
Código do texto: T4931073
Classificação de conteúdo: seguro

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