[se contemplo o poema pelo entardecer do olhar]

Data 26/08/2014 18:50:13 | Tópico: Poemas

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se contemplo o poema pelo entardecer do olhar

arranha-me o ar como um pergaminho
asas que se soltam num canto longe
de nada servindo as rotas as mais perigosas

abrindo fossas gratuitas algures
atraindo cometas para a sua teia.

hoje silencio a existência os espaços equidistantes
equadores em erupções prestes a rebentar
ou tridentes destecendo marés acumuladas.

Carrego teus passos pelo perfume das roseiras bravas

preces indistintas
órfico que descubro assim

que seja
pela calada desta lua cheia de graça.

[lábil]

I

dá-me a tua mão
assim o meu amor por ti

deste lado do sol.


(Ricardo Pocinho)




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