Fio de Ariadne

Data 28/08/2014 01:24:39 | Tópico: Poemas

Olha-me, sob o branco do linho,
a febre mansa e oleaginosa
devorando a carne que anseias.
Pensa-me vespertina sombra,
guia e água nos teus labirintos,
fio de Ariadne.
Dá-me teu verbo delével,
poemas sicilianos,
constelações,
coroas d'ouro,
terrenos bravios.
Canta-me o caos,
átrio e nevoeiro,
portais cor de sangue
que se estendem
mar adentro
a cada sucessão
do anoitecer.

Olha-me, sob o branco do linho,
a febre mansa e oleaginosa.



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=277547