
Odisseia
Data 30/08/2014 20:10:57 | Tópico: Poemas
| Não temas o uivo enraivecido de Cila, pois ei-lo inerte ante o doce canto da Musa. Nem temas o nefasto vaticínio de Sibila, pois a maldade inexiste após o despenhadeiro. Seguiremos outra Odisseia, após a Troia que vencemos. Será breve o caminho, que de azul se mostra; e breve será a chegada ao novo tempo. Já se ouve o canto dos delfins e o coro de deuses e de serafins. Não tarda, deusa rediviva, a luz que desfaz as dúvidas e tudo se mostra e tudo se revela. Tomemos os oráculos e decifremos os arcanos. À mesa nos espera o pão, o azeite e o vinho. Bebamos o amor que da lira entorna e voemos ao encontro da Lua que te brilha. Caminhemos os caminhos que fizermos e façamos os versos que sonharmos. A vida caberá em nossa mãos. Deixemos que nos escorra.
Para a Moça Bonita.
Produção e divulgação de Pri Guilhen, lettré, l´art et la culture, assessora de Comunicação e de Imprensa. Rio de Janeiro, inverno de 2014.
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