O Camelo E o Dromedário

Data 04/09/2014 01:51:09 | Tópico: Poemas

Fito até onde as vistas alcança
E me perco nas raias sanguíneas
Uma nuvem parece que dança
Diante de tênues linhas retilíneas.

O poente ardente em raias sanguíneas
Entrecortado pelas aves de arribação
E o astro-rei aceso pelas mãos ígneas
As mesmas que acendem uma constelação.

E no azul jaspe ou esmeralda do mar
Vejo baloiçando uma frágil embarcação
Vai levada pelo vento fraco da viração
E meus olhos vão com ela, a marejar.

Sentando, braços apertando os joelhos,
Vou assistindo aquele espetáculo diário
Que meus olhos pequenos ficam vermelhos
Por não saber quem é Camelo ou Dromedário.



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