Recordando

Data 17/09/2014 13:11:12 | Tópico: Sonetos

À noite no jardim, avanço pelo crepúsculo,
esplendido, nocturno nas vagas rumorosas.
Parece a Vida morta, suspensa, num tumulo,
como pétalas caídas, desfolhadas de uma rosa ...

Que o Céu, angustiado e soberano,
estrelado manto de saudade,
encobre os versos que declamo,
nestes tempos dolorosos de vaidade ...

Ai pudera eu viver
no extinto e no porvir,
que o Amor sem Primavera,

traz espanto e quimera,
agonia e quebranto,
ao ser que nada espera!


Ricardo Louro
em cascais





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