HOSPEDEIRO DE OUTROS SERES.
Data 18/09/2014 12:10:35 | Tópico: Prosas Poéticas
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Depois que me viciastes, te peço por caridade, Não cometa a atrocidade, de me privar o acesso, As tuas intimidades sou um dependente confesso-te. Como hospedeiro de outros seres, Vivo em conflitos constantes, muitos sentires ofuscantes, Confundem o meu carro chefe, que tem desejos promíscuos, Mas meu dever submisso constrói-me um sujeito discreto. O mar seria menos salgado se o doce da chegada, Não fosse antecedido pela salinidade do caminho percorrido. Os adornos me atraem olhares, Porem nada me acrescentam em consciência. Não cabe a este mero transeunte imitar à Cristo, Mas sinto-me na obrigação de segui-lo Para crescer em espírito, eu preciso me acostumar com a solidão, Pois a depuração do meu ser, é um ato solitário. Em meio aos afagos oportunos da suave brisa, E dos desalentos impostos pelas inadvertidas tempestades, Vou tocando esta minha missão materializada da qual Pouco compreendo e muito me questiono, Diferente de tantos que ainda conseguem se iludir, Com os encantos tantos deste universo, Eu vejo tudo insípido sem valores suficientes para justificar Tamanha demanda que a vida nos impõe.
Enviado por Miguel Jacó em 18/09/2014 Código do texto: T4966345 Classificação de conteúdo: seguro
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